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1 de agosto de 2025 Artigos

A doença hepática esteatótica (DHE) é o novo termo abrangente, com a doença hepática esteatótica associada à disfunção metabólica (DHEMA) substituindo a doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA).

Viena, Áustria, 24 de junho – No Congresso da EASL de 2023, os líderes das sociedades multinacionais de fígado da La Asociación Latinoamericana para el Estudio del Hígado (ALEH), da Associação Americana para o Estudo de Doenças do Fígado (AASLD) e da Associação Europeia para o Estudo do Fígado (EASL), bem como os copresidentes da Iniciativa de Nomenclatura da DHGNA, anunciaram que a doença hepática esteatótica (DHE) foi escolhida como um termo abrangente para abranger as várias etiologias da esteatose. O termo esteato-hepatite foi considerado um conceito fisiopatológico importante que deveria ser mantido. A doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) agora será chamada de doença hepática esteatótica associada à disfunção metabólica (DHE). A DHE abrange pacientes com esteatose hepática e pelo menos um dos cinco fatores de risco cardiometabólico. Uma nova categoria, além da MASLD pura, denominada MetALD (pronúncia: Met ALD), foi selecionada para descrever aqueles com MASLD que consomem maiores quantidades de álcool por semana (140 g/semana e 210 g/semana para mulheres e homens, respectivamente). Aqueles sem parâmetros metabólicos e sem causa conhecida apresentam SLD criptogênica. Esteato-hepatite associada à disfunção metabólica (MASH) é o termo que substitui a esteato-hepatite não alcoólica (NASH).

Detalhes adicionais sobre as novas nomenclaturas estão disponíveis na publicação conjunta das sociedades multinacionais do fígado:

HEPATOLOGIA DA AASLD

Anais de Hepatologia da ALEH

Revista de Hepatologia da EASL

O processo transparente e colaborativo da Iniciativa de Desenvolvimento de Nomenclatura começou em 2020 com diversas sociedades globais de hepatologia e gastroenterologia, pacientes e organizações de defesa de pacientes, especialistas regulatórios e representantes da indústria para determinar se uma nova nomenclatura seria necessária – e, em caso afirmativo, determinar os melhores termos.

O objetivo final, dos mais de 225 painelistas globais que participaram de uma ou mais etapas da Iniciativa de Desenvolvimento de Nomenclatura, era garantir que houvesse uma nomenclatura melhor que pudesse ser usada em todo o mundo para direcionar melhor a pesquisa e o financiamento para salvar vidas.

Como a MASLD, anteriormente NAFLD, é a doença hepática crônica mais comum, afetando cerca de 30% da população global, é essencial que a comunidade global do fígado se una em torno de um nome e diagnóstico afirmativos e não estigmatizantes.

“Com a nova nomenclatura, a comunidade global de doenças hepáticas agora tem um nome e um diagnóstico afirmativos, sem usar linguagem estigmatizante. No entanto, nem todos concordam que isso seja um problema. O limite tolerável para a quantidade de pessoas que se sentem estigmatizadas não cabe a ninguém determinar. Simplesmente, se pode ser evitado, deve ser”, disse a Professora Mary E. Rinella, da Faculdade de Medicina Pritzker da Universidade de Chicago e copresidente da Iniciativa de Nomenclatura da DHGNA.

As partes interessadas foram indicadas por suas respectivas organizações e eram diversas em termos de disciplina e experiência profissional, dados demográficos e representação geográfica. Após seis etapas, incluindo quatro pesquisas online e duas reuniões presenciais, a taxa média de resposta foi superior a 75% nas quatro rodadas de coleta de dados, com uma taxa de resposta final de 88% e 97% dos quais aprovaram a recomendação. Contamos também com mais de 60 sociedades globais, grupos de pacientes e de defesa de pacientes, além de outras organizações importantes que já a endossaram.

“Em nome do painel Delphi, somos gratos à comunidade global, incluindo nossos representantes de pacientes, por sua dedicação e comprometimento com o processo. Eles foram essenciais para garantir que criássemos uma nomenclatura mais clara e que abrangesse pesquisas recentes, para que todos pudessem entender melhor a doença e melhorar os resultados dos pacientes”, disse o Professor Philip N. Newsome, do Centro de Pesquisa Biomédica do Instituto Nacional de Pesquisa em Saúde de Birmingham e do Centro de Pesquisa Hepática e Gastrointestinal e copresidente da Iniciativa de Nomenclatura para DHGNA.

A nomenclatura já deveria ter sido alterada há muito tempo por uma série de razões, identificadas na publicação conjunta das sociedades multinacionais do fígado. Uma delas é que a área tem lutado para chegar a uma nomenclatura adequada desde a descrição original em 1849 da adiposidade visceral e subcutânea em crianças superalimentadas por von Rokitansky. O termo doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) foi escolhido simplesmente porque não tínhamos dados suficientes para melhor compreender a fisiopatologia e porque nos faltava um termo melhor. Na ausência de alternativas, a DHGNA foi adotada porque descrevia a presença de gordura dentro do fígado, excluindo outra causa comum, ou seja, o excesso de álcool. Graças à pesquisa da comunidade global do fígado, sabe-se que a maioria das doenças atualmente designadas como DHGNA está relacionada aos chamados fatores “metabólicos”, incluindo obesidade, obesidade visceral, resistência à insulina e dislipidemia.

Por meio do processo Delphi transparente e colaborativo, que conta com o apoio de múltiplas partes interessadas, a comunidade global do fígado permanecerá dedicada a aumentar a conscientização sobre a doença, reduzir o estigma e acelerar o desenvolvimento de medicamentos e biomarcadores para o benefício de pacientes com SLD e MASLD.

(American Association for the Study of Liver Diseases. Multinational liver societies announce new “fatty” liver disease nomenclature that is affirmative and non-stigmatizing, 24 de junho de 2023./ Anstee Q M, Hallsworth K et al. Real-world management of non-alcoholic steatohepatitis differs from clinical practice guideline recommendations and across regions. JHEP Rep 2021;4:100411./ Srivastava A, Gailer R et al. Prospective evaluation of a primary care referral pathway for patients with non-alcoholic fatty liver disease. J Hepatol 2019;71:371‑378./ Lazarus J V, Anstee Q M et al. Defining comprehensive models of care for NAFLD. Nat Rev Gastroenterol Hepatol 2021;18:717-729)


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11 de julho de 2025 Artigos

O diagnóstico da esteato-hepatite associada à disfunção metabólica (MASH), condição inflamatória do espectro da doença hepática esteatótica associada à disfunção metabólica (MASLD), representa um desafio clínico relevante, considerando sua evolução potencial para fibrose avançada, cirrose e carcinoma hepatocelular. 

A definição diagnóstica de MASH exige a detecção concomitante de esteatose hepática, inflamação lobular, degeneração hepatocelular (ballooning) e, frequentemente, algum grau de fibrose. Para isso, a combinação de critérios clínicos, laboratoriais e exames de imagem é fundamental na prática clínica.

A avaliação diagnóstica inicia-se, classicamente, com a confirmação da presença de esteatose hepática, que pode ser realizada por meio de diferentes técnicas de imagem. A ultrassonografia abdominal é amplamente utilizada como método inicial devido à sua disponibilidade, custo reduzido e boa acurácia para esteatose moderada a severa. 

No entanto, sua sensibilidade é limitada em casos de esteatose leve (inferior a 20%) e em indivíduos com obesidade significativa. Diante disso, métodos mais sensíveis, como a elastografia transitória, têm sido incorporados na rotina clínica. Através da medida do Controlled Attenuation Parameter (CAP), a elastografia permite quantificar a gordura hepática com acurácia superior, além de fornecer, de forma simultânea, estimativas de rigidez hepática, úteis na avaliação de fibrose.

Outra modalidade em expansão é a elastografia por Shear Wave, incorporada aos equipamentos de ultrassonografia de alta resolução. Essa técnica oferece avaliação quantitativa da rigidez hepática com melhor resolução espacial quando comparada à elastografia transitória. 

Além da confirmação da esteatose, o diagnóstico de MASH exige a identificação da presença de inflamação hepatocelular e lesão estrutural. Atualmente, a única metodologia capaz de identificar diretamente os critérios histológicos de inflamação lobular e ballooning hepatocelular é a biópsia hepática, que permanece como padrão ouro. Por meio da análise histopatológica, é possível determinar não apenas a presença de esteatose e inflamação, mas também quantificar o grau de fibrose, definindo o estadiamento da doença. Apesar de seu valor diagnóstico, a biópsia apresenta limitações significativas, como seu caráter invasivo, risco de complicações (ainda que baixos, incluindo sangramento e dor) e possibilidade de erro amostral, uma vez que lesões hepáticas podem ser distribuídas de forma heterogênea.

Diante das limitações da biópsia, métodos não invasivos para estratificação da fibrose têm sido amplamente desenvolvidos e validados. Os principais são os escores clínicos baseados em dados laboratoriais e demográficos, entre os quais se destacam o FIB-4, que utiliza idade, AST, ALT e contagem de plaquetas, e o NAFLD Fibrosis Score, que incorpora também IMC, glicemia, albumina e presença de diabetes. Esses modelos apresentam elevada capacidade para excluir fibrose avançada (alto valor preditivo negativo), mas são menos sensíveis na detecção de estágios intermediários de fibrose.

Em paralelo, biomarcadores séricos compostos, como o ELF™ (Enhanced Liver Fibrosis Test), que combina ácido hialurônico, peptídeo terminal do procolágeno tipo III (PIIINP) e inibidor tecidual de metaloproteinase-1 (TIMP-1), têm demonstrado alta acurácia na identificação de fibrose significativa e avançada, sendo progressivamente incorporados em práticas clínicas de centros de referência. Outros painéis, como o FibroMeter® e o Hepascore, também têm papel relevante nesse contexto.

As técnicas de elastografia desempenham papel central na avaliação não invasiva da fibrose. A elastografia transitória (FibroScan®), além de estimar o grau de esteatose via CAP, mensura a rigidez hepática, que se correlaciona diretamente com o grau de fibrose. Valores de rigidez superiores a 8,0 kPa geralmente sugerem fibrose significativa (≥F2), enquanto valores acima de 12-14 kPa são altamente sugestivos de fibrose avançada ou cirrose. A elastografia por Shear Wave apresenta desempenho semelhante, com a vantagem de ser incorporada a ultrassons convencionais, permitindo avaliação simultânea de outros achados abdominais. Entre os métodos de imagem, a elastografia por ressonância magnética (MRE) é considerada a técnica não invasiva de maior acurácia atualmente disponível para detecção e estadiamento de fibrose, com sensibilidade e especificidade superiores a 90%, inclusive em pacientes com obesidade severa.

Adicionalmente, a avaliação dos critérios metabólicos é indispensável no diagnóstico de MASH, uma vez que a nova definição exige a presença de, no mínimo, um fator de risco cardiometabólico. A investigação inclui a mensuração de glicemia, hemoglobina glicada, perfil lipídico (HDL, LDL, triglicérides), pressão arterial, além de parâmetros antropométricos como IMC e circunferência abdominal. 

Em síntese, o diagnóstico da MASH é um processo que combina avaliação clínica criteriosa, aplicação de exames laboratoriais e utilização de métodos de imagem avançados. Embora a biópsia hepática permaneça como referência para a confirmação de inflamação e ballooning hepatocelular, os avanços nas técnicas não invasivas, especialmente na elastografia e nos biomarcadores séricos, têm permitido uma abordagem mais segura e eficiente na prática clínica. A definição de algoritmos diagnósticos integrados é essencial não apenas para a detecção precoce da MASH, mas também para estratificação de risco, monitoramento da progressão da doença e definição de elegibilidade para terapias emergentes.

Diante de uma prevalência global de 5,27%, com taxas particularmente elevadas na América Latina (7,11%) e no Brasil (30% a 35% da população adulta com MASLD, com risco significativo de progressão para MASH), torna-se imperativo que os profissionais de saúde estejam atentos aos critérios diagnósticos e utilizem de forma adequada os métodos disponíveis.

A incorporação de ferramentas não invasivas, como elastografia e biomarcadores séricos, associada à avaliação criteriosa dos fatores metabólicos, permite um diagnóstico mais preciso e seguro, reduzindo a dependência da biópsia hepática e possibilitando a intervenção precoce. Essa abordagem integrada é essencial para mitigar a progressão da doença e suas complicações, promovendo melhor qualidade de vida e reduzindo o impacto econômico e social associado à MASH.

Referência: Rinella ME et al. Hepatology. 2023;77:1797–1835

Você já conhece o MASH Map? Estamos mapeando locais que fazem elastografia no país

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2 de julho de 2025 Artigos

A esteatose hepática, anteriormente denominada Doença Hepática Gordurosa Não Alcoólica (NAFLD), representa hoje a principal causa de doença hepática crônica no mundo. Esta condição, entendida como a manifestação hepática da síndrome metabólica, reflete diretamente o crescimento global da obesidade, do diabetes tipo 2 e de outras disfunções metabólicas.

Dentro desse espectro, o termo Esteato-hepatite Não Alcoólica (NASH) foi historicamente adotado para descrever a forma mais avançada da doença — caracterizada por inflamação hepática, lesão hepatocelular e risco elevado de progressão para fibrose, cirrose e carcinoma hepatocelular.

No entanto, avanços no entendimento da fisiopatologia da doença, somados à necessidade de uma abordagem mais precisa, inclusiva e livre de estigmas, motivaram uma ampla revisão dos critérios diagnósticos e da nomenclatura. Esse processo foi conduzido por um consenso internacional liderado pelas principais sociedades hepatológicas — AASLD, EASL e ALEH —, reunindo especialistas de 56 países, além de representantes de sociedades médicas, órgãos regulatórios e associações de pacientes.

O resultado desse consenso é a adoção da nova terminologia: MASH (Metabolic dysfunction–Associated Steatohepatitis), inserida no espectro de MASLD (Metabolic dysfunction–Associated Steatotic Liver Disease). Essa mudança reflete não apenas uma atualização semântica, mas um realinhamento conceitual, centrado nos mecanismos fisiopatológicos da doença.

Por que a mudança era necessária?

A nomenclatura anterior, baseada em termos como “não alcoólica” e “gordurosa”, apresentava limitações relevantes. Além de ser construída por exclusão — exigindo descartar o consumo significativo de álcool e outras causas de doença hepática —, ela não refletia adequadamente os determinantes biológicos da condição.

Mais do que uma imprecisão científica, esses termos carregavam um peso estigmatizante para os pacientes. Estudos demonstraram que a expressão “gordurosa” e a referência ao álcool, mesmo em contexto de negação, geravam desconforto e prejudicavam tanto a comunicação médico-paciente quanto a adesão aos cuidados.

Além disso, a definição excludente desconsiderava a sobreposição entre disfunções metabólicas e outras etiologias hepáticas, como o consumo moderado de álcool — uma realidade clínica frequentemente observada.

Diante desse cenário, o novo modelo propõe uma definição afirmativa, centrada na disfunção metabólica como eixo fundamental da doença hepática associada à esteatose.

Critérios Diagnósticos: uma abordagem centrada na fisiopatologia

No modelo atual, o diagnóstico de MASLD se estabelece pela presença de esteatose hepática, associada a pelo menos um dos seguintes critérios de risco cardiometabólico:

  • Obesidade (definida por IMC elevado ou aumento da circunferência abdominal);
  • Diabetes mellitus tipo 2 ou pré-diabetes;
  • Hipertensão arterial sistêmica;
  • Dislipidemia (triglicerídeos elevados ou colesterol HDL reduzido);
  • Outros marcadores de resistência insulínica.

A partir desse enquadramento, a evolução da esteatose para um quadro inflamatório, com lesão hepatocelular e risco de progressão para fibrose, define o diagnóstico de MASH. A manutenção do termo steatohepatitis é fundamental do ponto de vista científico, pois garante a continuidade dos critérios histológicos utilizados até então — presença de esteatose, inflamação lobular e degeneração hepatocelular (ballooning). Isso permite não apenas a preservação da comparabilidade com estudos e registros anteriores, como também assegura a consistência no desenvolvimento e validação de biomarcadores e terapias.

Implicações clínicas e científicas da nova nomenclatura

A adoção de MASLD e MASH traz benefícios diretos para a prática clínica e para a pesquisa. Sob o ponto de vista clínico, o modelo afirmativo permite maior alinhamento com as abordagens já adotadas em outras especialidades, como endocrinologia e cardiologia, onde a síndrome metabólica é um eixo central de cuidado.

Além de reduzir o estigma associado aos termos anteriores, a nova nomenclatura melhora a comunicação entre profissionais de saúde e pacientes e facilita o rastreamento precoce dos indivíduos em risco, promovendo uma abordagem integrada e multidisciplinar.

No campo científico, essa atualização fortalece a estratificação de risco, aprimora os critérios de inclusão em ensaios clínicos e orienta o desenvolvimento de terapias mais direcionadas, alinhadas à fisiopatologia da doença.

Considerações finais

A transição de NAFLD para MASLD e de NASH para MASH representa muito mais que uma simples atualização de nomenclatura. Trata-se de uma mudança paradigmática que reflete o entendimento contemporâneo da doença hepática associada à esteatose — uma condição de natureza metabólica, sistêmica e com alto impacto na saúde pública global.

Ao adotar critérios diagnósticos afirmativos, centrados na disfunção metabólica, o novo modelo não apenas aprimora a acurácia clínica, mas também contribui para reduzir barreiras no cuidado, aumentar a efetividade das intervenções e estimular uma prática médica mais precisa, ética e centrada no paciente.

Referência: Rinella ME et al. Hepatology. 2023;77:1797–1835

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23 de abril de 2025 Artigos

Autores: Baldon RY, Barbosa ACNR, Mesquita NF, et al. Hepatotoxicidade fitoterápica: dificuldades no diagnóstico e tratamento de lesões hepáticas por óleo de borragem. Res Soc Dev. 2025;14(1):e1414147967. doi: 10.33448/rsd-v14i1.47967.

Resumo:

Este estudo apresenta o caso de uma mulher de 53 anos que desenvolveu hepatite após o uso de óleo de borragem (BBorago officinalis), um fitoterápico utilizado para sintomas relacionados à menopausa. Após tratamento com corticosteoides, houve aumento das aminotransferases e surgimento de autoanticorposicorpos sugerindo hepatite autoimune induzida pelo fitoterápico. O tratamento imunossupressor resultou em melhora significativa. Os autores destacam a diversidade de lesões hepáticas induzidas por fitoterápicos e a necessidade de acompanhamento rigoroso dos casos, com possíveis alterações no diagnóstico e conduta durante o tratamento.

 

Leia o artigo na íntegra: Hepatotoxicidade fitoterápica: dificuldades no diagnóstico e tratamento de lesões hepáticas por óleo de borragem

 


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2 de abril de 2025 Artigos

Autores: Abreu ES, Nardelli MJ, Lima AMC, et al. Carvedilol as secondary prophylaxis for variceal bleeding in hepatosplenic schistosomiasis. Trans R Soc Trop Med Hyg. 2022;116(7):663-667. doi: 10.1093/trstmh/trab190.

Resumo:

Este estudo investigou o uso do carvedilol como profilaxia secundária para sangramentos varicosos em pacientes com esquistossomose hepatosplênica. A pesquisa incluiu 60 pacientes que apresentaram sangramento varicoso, sendo 30 tratados com carvedilol e 30 com propranolol. Os resultados indicaram que o carvedilol foi tão eficaz quanto o propranolol na prevenção de novos episódios de sangramento, com uma taxa de recidiva de 10% no grupo tratado com carvedilol e 13,3% no grupo tratado com propranolol. Além disso, o carvedilol apresentou um perfil de efeitos colaterais mais favorável. Esses achados sugerem que o carvedilol pode ser uma alternativa eficaz e segura ao propranolol na profilaxia secundária de sangramentos varicosos em pacientes com esquistossomose hepatosplênica.

 

Leia o artigo na íntegra:Carvedilol as secondary prophylaxis for variceal bleeding in hepatosplenic schistosomiasis


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23 de março de 2025 Artigos

Autores: Bertin Mira G, Silva L, Silva M, et al. Hepatite imunomediada por mecanismo de hipersensibilidade associada ao uso de chá de Ayahuasca: relato de caso. Cad Bras Med. 2024;37(1-4):43-48.

Resumo:

Este estudo apresenta o caso de um paciente que desenvolveu hepatite imunomediada por mecanismo de hipersensibilidade após o uso de chá de Ayahuasca. A pesquisa destaca a importância de reconhecer os potenciais efeitos adversos do consumo dessa substância, especialmente em relação à função hepática. Os autores enfatizam a necessidade de monitoramento médico adequado para indivíduos que utilizam o chá de Ayahuasca, visando a detecção precoce e o tratamento de possíveis complicações hepáticas.

 

Leia o artigo na íntegra: Hepatite imunomediada por mecanismo de hipersensibilidade associada ao uso de chá de Ayahuasca: relato de caso

 

 


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7 de fevereiro de 2025 Artigos

Autores: Bittencourt PL, Nardelli MJ, Barros LL, et al. Recorrência de colangite esclerosante primária e colangiocarcinoma de novo após transplante de fígado: resultados do Consórcio Brasileiro de Colestase. Clin Transplant. 2024;38(10):e70002. doi: 10.1111/ctr.70002.

Resumo:

Este estudo investigou a recorrência de colangite esclerosante primária (CEP) e o desenvolvimento de colangiocarcinoma (CCA) de novo após transplante de fígado (TF) em pacientes com CEP. Os resultados indicaram que a recorrência de CEP é uma complicação significativa após o TF, com risco aumentado de desenvolvimento de CCA de novo. Os autores destacam a importância de monitoramento contínuo e estratégias de tratamento direcionadas para esses pacientes, visando melhorar os resultados pós-transplante.

 

Leia o artigo na íntegra: Recorrência de colangite esclerosante primária e colangiocarcinoma de novo após transplante de fígado: resultados do Consórcio Brasileiro de Colestase

 

 


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Autores: Salton YD, Possamai JA, Schiavon LL, Narciso-Schiavon L. Celiac disease and cardiovascular diseases. Revista Contemporânea. 2024;4(4).

Resumo:
Este artigo revisa a relação entre a doença celíaca (DC) e doenças cardiovasculares (DCV), explorando fatores imunológicos, metabólicos e inflamatórios que podem conectar essas condições. Apesar de uma dieta isenta de glúten reduzir o risco de complicações associadas à DC, a inflamação crônica e deficiências nutricionais podem predispor pacientes a alterações cardiovasculares, incluindo aterosclerose e miocardiopatia. A revisão destaca a importância do rastreamento de DCV em pacientes com DC e discute potenciais mecanismos envolvidos, como dislipidemia, homocisteinemia e inflamação sistêmica.

Conclusão: Médicos devem estar atentos ao risco aumentado de DCV em indivíduos com DC, promovendo intervenções precoces e rastreamento cardiovascular em casos indicados.

Leia o artigo na íntegra: Doença celíaca e doenças cardiovasculares


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Autores: Gomide GPM, Teixeira MS, Pereira GA, Camargo FC, Pastori BG, Dias FF, Ferreira JCC, Meireles PT, Silva NC, Carvalho Neta OS, Lima VGS, Cunha RAP, Abdalla DR, Oliveira CCHB. Epidemiological study of Hepatitis C in people deprived of liberty. ABCS Health Sci. 2023;48:e023301653. doi:10.7322/abcshs.2023016.

Resumo:

Este estudo transversal investigou a prevalência de anticorpos anti-HCV e os aspectos sociodemográficos e clínicos associados em uma população privada de liberdade. A pesquisa incluiu 1.000 detentos, dos quais 4,1% apresentaram resultado positivo para anti-HCV. A análise revelou que a infecção por HCV estava significativamente associada ao uso de drogas injetáveis, tatuagens realizadas em ambiente prisional e tempo de encarceramento superior a cinco anos. Os autores destacam a importância de estratégias de prevenção e controle do HCV nesse grupo vulnerável, incluindo triagem sistemática, educação em saúde e acesso a tratamentos antivirais eficazes.

Leia a íntegra do artigo: Epidemiological study of Hepatitis C in people deprived of liberty


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29 de novembro de 2024 Artigos

Autores: Gomide GPM, Camargo FC, Oliveira CCHB. Técnicas de pesquisa para ampliar o diagnóstico, macroeliminação e microeliminação da hepatite C em contextos locais. Rev Soc Bras Med Trop. 2024;57:e00714-2024. doi: 10.1590/0037-8682-0150-2024.

Resumo:

Este estudo de métodos mistos teve como objetivo fortalecer os esforços de eliminação da hepatite C no Brasil, integrando abordagens qualitativas e quantitativas. Os resultados incluíram o desenvolvimento de documentos institucionais, organização de comitês, estratégias de mobilização, modelos para melhorar a conscientização intersetorial, fluxogramas de tomada de decisão, formulários e protocolos de serviços de saúde. A aplicação dessas técnicas gerou conhecimentos valiosos que podem ser adotados em diversas regiões do Brasil, especialmente em áreas com diversidade econômica e sociocultural.

 

Leia a íntegra do artigo: Técnicas de pesquisa para ampliar o diagnóstico, macroeliminação e microeliminação da hepatite C em contextos locais


Dr. Carlos Terra
Presidente Gestão 2024-2025

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