Em 15 de março de 1967, na Santa Casa do Rio de Janeiro, Figueiredo Mendes reuniu-se com os colegas Waldemar Podkameni, Jorge de Toledo (RJ), José Fernandes Ponte, Luiz Caetano da Silva (SP) e Nereu de Almeida Júnior (de MG), para fundar a Sociedade Brasileira de Hepatologia.
Thomaz de Figueiredo Mendes, mestre versátil, clínico, gastroenterologista e hepatologista, foi indicado como primeiro presidente. Idealizador e realizador, ele já havia produzido uma série de monografias para atualização médica, denominada “Biblioteca de Gastroenterologia”.
O presidente sempre participou da vida científica do país, organizando congressos, jornadas e simpósios. Ele criou o serviço de hepatologia na Santa Casa do Rio de Janeiro, berço da publicação “Moderna Hepatologia”, com 30 anos de circulação.
Seu espírito sonhador não tinha limites. Precedendo o primeiro congresso, publicou o boletim oficial da Sociedade, intitulado “O Fígado”. O primeiro número circulou em 1968, com o trabalho “Metabolismo da Birrilubina”, de autoria da professora Vera Maria de Niemeyer Ribeiro.
No mesmo boletim, havia a manifestação da esperança do transplante hepático e notícias do Simpósio Internacional de Hepatologia, realizado pela Faculdade de Medicina da USP, entre 28 de julho e 02 de agosto de 1968.
Participaram do evento A. Martini, Bárbara Billing, Hans Popper, Jacques Caroli, J. Fraston, L. Kreet, Peter Scheuer, Ricardo. Katz e Victor Peres. Na ocasião histórica, Silvano Raia fundava, em São Paulo, a “Sociedade Latinoamericana de Hepatologia” que mais tarde passou a ser denominada “Asociacion Latinoamericana para el Estudio del Higado” (ALEH).